segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

AVES do JB

Amigos, como costumo ir ao Jardim Botânico daqui do Rio com certa frequencia, devo postar bastante coisa de lá, então vou começar uma nova série aqui, o Aves do JB.

Bem, os arapaçus já são interessantes de se observar por si sós. Imagina o namoro...
Eu e o casal de primos Brunão e Rosana pudemos presenciar grande parte das preliminares, infelizmente o desfecho(se houve) não foi observado.

Interessante também observar que, conforme lição do grande Fernando Pacheco, os arapaçus-lisos costumam copular no Jardim Botânico em meados de novembro.

A natureza sempre surpreende.


Love's in the air




Eu não gosto de usar flash, acho que tira a naturalidade da cena, mas o interior da floresta é muito escuro e estava estreando um TC de 2X, o que diminuiu em duas vezes também a luminosidade de minha lente. Então optei por usá-lo, por garantia.

Mas os arapaçus até que pousaram num lugar relativamente claro, bem acima da trilha. Até dava para fazer um bom registro sem o flash, mas na fotografia de aves são raras as situações que temos tempo de fazer muitos ajustes na câmera. Os bichos pousaram ali, apontei a câmera, fiz o foco e cliquei algumas vezes. Tudo durou pouquíssimos segundos. As duas fotos que fiz com o flash são estas acima(foram mais cliques, mas o flash não acompanha a velocidade de disparo da câmera, ou não tenho as manhas, pois confesso que não entendo nada deste equipamento).

O mesmo arapaçu, mas sob a luz solar.
Como quase tudo que é natural, muito melhor.


Quando este flagrante aconteceu ainda estava me recuperando do o. o. ocasionado pelo lifer de número 606. Mais uma vez minha queridíssima prima Rosana, observadora inata, encontrou este que é um dos concorrentes a menor ave brasileira. Com cerca de 2 gramas, o Rabo-branco-rubro, também conhecido como Besourinho-da-mata, é facilmente confundido com um inseto, principalmente quando em voo.

Imaginem um besouro voando... até que não é muito difícil fotografá-lo, pois seu voo é lento, mas no ambiente escuro da mata, focar aquele pontinho e ainda conseguir uma velocidade de obturador mínima para fazer um registro que ao menos identifique a ave é impossível!

Então comecei a torcer para que ele pousasse, só assim poderia registrar pela primeira vez aquele curioso beija-flor. E a felicidade foi completa quando, além de pousar, aquela pequena grande ave exibiu o leque para nós.

A falta de luz exigiu o uso do flash

Neste dia encontramos também dois bandos mistos na trilha da Mata Atlântica. Muito bom! Mas quando entramos na trilha o silêncio era total. Não desistimos, ficamos sentados, aguardando as aves aparecerem. Disse para o Bruno que as aves estavam por ali, mas devido ao descanso reprodutivo, estavam silenciosas. Permanecemos um bom tempo aguardando, mas nossa paciência não foi em vão. Encontrar um bando misto na mata é bom demais!

Diversas espécies de aves se valem desta estratégia para confundir os predadores, e nós, seus paparazzi, sentimos na pele que tal associação funciona mesmo, como tudo na natureza. A euforia é tamanha que ficamos um pouco dispersos. "Alí!" "Alá!" "Que é aquilo?!" KKK!!! Viramos meninos naquela verdadeira fonte da juventude.

Trilha da Mata Atlântica/foto de Rosana Barros

Mais uma vez agradeço aos queridos primos Angelo Bruno Frederico e Rosana Barros pela companhia mais que especial.

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