terça-feira, 15 de abril de 2014

De volta à velha e boa terrinha


Hoje amanheceu chovendo, Timá já praguejou, "invernou". Em outras épocas ficaria melancólico, mas hoje em dia tô sentindo tanta falta de chuva que o filme que mais quero ver quando tiver um tempinho é "Noé".

Belo Horizonte, Governador Valadares, Brasília, BH de novo e agora Rio de Janeiro, "quem foge à terra natal, em outros cantos não para", mas sempre volta à boa terrinha, cedo ou tarde, em definitivo ou a passeio, no meu caso gozando uns poucos dias de férias.

A época não está pra ave, descanso reprodutivo. Vocalizando pouco e se juntando em bandos mistos, a gente tem que dar sorte em topar com um deles.

Topei com um, mas não era misto, no mínimo uns 6 papa-taocas-do sul, ave geralmente de "brenha", difícil de fotografar.


























Notícia boa foi a volta dos falcões-morcegueiros, o casal. Com a retirada da antena que servia de poleiro aqui no prédio vizinho, eles se mudaram para a Matriz de São Miguel.
Ontem estavam caçando pra estas bandas. Flagrei um deles acho que procurando morcego dentro de um apartamento no prédio onde era sua antiga morada.



Na primeira passarinhada aqui em Rio Piracicaba(Piracity para os íntimos) registrei uma nova espécie para a lista da cidade(http://www.taxeus.com.br/lista/370), o belíssimo beija-flor-de-veste-preta. Encontrei-o na borda de uma mata, na fazenda do meu primo e grande amigo Geraldinho.
Infelizmente estava no alto de uma árvore, o que impossibilitou um registro à altura da beleza desta pequena ave.


Na fazenda fui acompanhado pelo caseiro, o Seu Hélio, que, bastante comunicativo, disse que já viu preguiça, onça e lobo-guará na fazenda, sobre as aves contou que no ninho de alma-de-gato tem pedra preciosa, de tão difícil que é achar, e que papagaio nasce sempre em um certo dia de novembro, minha memória capenga não me deixa lembrar a data, acho que doze. Deu notícia também de curió, que aparece de vez em quando.
O acesso à mata(terciária e secundária creio eu), é um pouco difícil, então não deu tempo de irmos até o ponto onde ele encontrou a preguiça(queria ver este bicho em seu habitat pela primeira vez e ainda na minha cidade...). Meu tio mais velho, o Iéié, me acompanhava e seria muito sacrifício para ele chegar até lá.
Mas encontramos espécies como a cigarra-do-coqueiro, pintassilgo, sanã-parda, tiê-preto, rendeira, gavião-caboclo e fiz algumas fotos legais.

Bico-de-veludo

Andorinha-pequena-de-casa e andorinha-serradora


Mas a floresta encantada continua imbatível. Apesar da época não ajudar, além da grande quantidade de olho-de-fogo, encontramos gavião-miúdo, gavião-de-cauda-curta, um casal de acauãs vocalizando, falcão-de-coleira, gavião-carijó, gavião-de-rabo-branco "peneirando", além de um pio típico de ave de rapina que não identifiquei, os rapinantes gostam mesmo daquelas alturas.

Aos registros mais legais:

Guigó ou Sauá alimentando-se dos frutos da embaúba

Um belíssimo pica-pau-de-banda-branca alimentando-se

Surucuá-variado com seu traje de gala

Acho que estavam pedindo alimento para a mãe Tuim


Ia me esquecendo, digno de nota também foi ouvir pela primeira vez na floresta encantada o pixoxó. Bom sinal...

2 comentários:

  1. Parabéns pelas lindas fotos e pela narrativa.
    Espero que você consiga clicar o bicho preguiça.
    Grande abraço.

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